Educação e Cidadania

Olá pessoal!
Somos professoras participantes do curso Educação para Diversidade e Cidadania - EaD Bauru.
Este blog tem a finalidade de expor ideias de nossas aprendizagens, sobre os temas abordados e outros relacionados, como trabalho de conclusão de curso.
Esperamos que esta ferramenta nos possibilite cada vez mais, obter recursos para ajudar nossos alunos a se tornarem verdadeiros cidadãos, livres de preconceitos.


terça-feira, 30 de março de 2010

Educação para a Diversidade

A educação para a diversidade e a formação de professores
Por: Patrícia Bianchini

A política de inclusão, na rede regular de ensino, dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, não consiste somente na permanência física desses alunos na escola; mas no propósito de rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a diversidade desses alunos, exigindo assim, que a escola crie espaços inclusivos. Dessa forma, a inclusão significa que não é o aluno que se molda ou se adapta à escola, mas a escola consciente de sua função que se coloca a disposição do aluno.

As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas dificuldades de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade para todos mediante currículos apropriados, modificações organizacionais, estratégias de ensino, recursos e parcerias com a comunidade. A inclusão, na perspectiva de um ensino de qualidade para todos, exige da escola novos posicionamentos que implicam num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais, para que o ensino se modernize e para que os professores se aperfeiçoem, adequando as ações pedagógicas à diversidade dos aprendizes.

Deste modo, pode-se dizer que a escola inclusiva é aquela que acomoda todos os seus alunos independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou lingüísticas. Seu principal desafio é desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, e que seja capaz de educar e incluir além dos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, aqueles que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes na escola, os que estejam repetindo anos escolares, os que sejam forçados a trabalhar, os que vivem nas ruas, os que vivem em extrema pobreza, os que são vítimas de abusos e até mesmo os que apresentam altas habilidades como a superdotação, uma vez que a inclusão não se aplica apenas aos alunos que apresentam alguma deficiência.

Para incluir a escola precisa, primeiramente, acreditar no princípio de que todas as crianças podem aprender e que todas devem ter acesso igualitário a um currículo básico, diversificado e uma educação de qualidade. As adaptações curriculares constituem as possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos e têm como objetivo subsidiar a ação dos professores. Constituem num conjunto de modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios, procedimentos de avaliações, atividades e metodologias para atender as diferenças individuais dos alunos.

Assim sendo, é preciso desenvolver uma rede de apoio (constituída por alunos, pais, professores, diretores, psicólogos, terapeutas, pedagogos e supervisores) para discutir e resolver problemas, trocar idéias, métodos, técnicas e atividades, com a finalidade de ajudar não somente aos alunos, mas aos professores para que possam ser bem sucedidos em seus papéis.

A realização das ações pedagógicas inclusivas requer uma percepção do sistema escolar como um todo unificado, em vez de estruturas paralelas, separadas como uma para alunos regulares e outra para alunos com deficiência ou necessidades especiais.

Os educadores devem estar dispostos a romper com paradigmas e manterem-se em constantes mudanças educacionais progressivas criando escolas inclusivas e de qualidades.

Essas estratégias para a ação pedagógica no cotidiano escolar inclusivo são necessárias para que a escola responda não somente aos alunos que nela buscam saberes, mas aos desafios que são atribuídos no cumprimento da função formativa e de inclusão, num processo democrático, reconhecendo e valorizando a diversidade, como um elemento enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem. Portanto, incluir e garantir uma educação de qualidade para todos os alunos é uma questão de justiça e equidade social. A inclusão implica na reformulação de políticas educacionais e de implementação de projetos educacionais inclusivo, sendo o maior desafio estender a inclusão a um maior número de escolas, facilitando incluir todos os indivíduos em uma sociedade na qual a diversidade está se tornando mais norma do que exceção.

Por isso é preciso refletir sobre a formação dos educadores, uma vez que ela não é para preparar alguém para a diversidade, mas para a inclusão; porque a inclusão não traz respostas prontas, não é uma “multi” habilitação para atender a todas as dificuldades possíveis na sala de aula, mas uma formação na qual o educador olhará seu aluno de um outro modo, tendo assim acesso as peculiaridades dele, entendendo e buscando o apoio necessário.

Por fim, cabe refletirmos sobre que é ser igual ou diferente? Pois, se olharmos em nossa volta, perceberemos que não existe ninguém igual, na natureza, no pensamento, nos comportamentos e/ou ações; e que as diferenças não são sinônimos de incapacidade ou doença, mas de equidade humana.


* Patrícia Ferreira Bianchini Borges é professora da Rede Municipal de Ensino de Uberaba, licenciada em Letras pela Uniube – MG, e pós-graduanda em Estudos Lingüísticos: “Fundamentos para o Ensino e Pesquisa” pela UFU –
MG.
Disponível em:http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-educacao-para-diversidade-formacao-professores.htm

domingo, 28 de março de 2010

Educação Inclusiva

Inclusão promove a justiça
Para a educadora Maria Teresa Égler Mantoan, na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa
Meire Cavalcante (novaescola@atleitor.com.br)

MARIA TERESA EGLÉR MANTOAN "Estar junto é se aglomerar com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro". Foto: Kaka Bratke

Uma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan é crítica convicta das chamadas escolas especiais. Ironicamente, ela iniciou sua carreira como professora de educação especial e, como muitos, não achava possível educar alunos com deficiência em uma turma regular. A educadora mudou de idéia em 1989, durante uma viagem a Portugal. Lá, viu pela primeira vez uma experiência em inclusão bem-sucedida. "Passei o dia com um grupo de crianças que tinha um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas", conta. No fim da aula, a professora da turma perguntou se Maria Teresa preferia que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Ela escolheu a segunda opção. "Na hora percebi a mancada. Como aquele menino dançaria?" Para sua surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo ao seu corpo. "E ele, então, dançou para mim." Na volta ao Brasil, Maria Teresa que desde 1988 é professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas deixou de se concentrar nas deficiências para ser uma estudiosa das diferenças. Com seus alunos, fundou o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade. Para ela, uma sociedade justa e que dê oportunidade para todos, sem qualquer tipo de discriminação, começa na escola.
Matéria completa no site da Nova Escola.
http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml

EJA - Prática adequada aos adultos

Para que os estudantes de EJA aprendam a ler e a escrever, é preciso respeitar algumas especificidades e acionar quatro situações didáticas

O processo de alfabetização das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) está ancorado em práticas indispensáveis de leitura e escrita que também são desenvolvidas com as crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. Isso não quer dizer que o professor vá trabalhar lançando mão dos mesmos materiais e estratégias com públicos tão distintos. Não faz sentido. Esse é, inclusive, um dos motivos que levam os mais velhos a fracassar e abandonar a escola (leia abaixo os depoimentos de três alunos dessa modalidade).

Embora exista uma variedade considerável de bons materiais organizados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas secretarias estaduais e municipais do país (disponíveis gratuitamente na internet), muitos educadores ainda recorrem aos livros usados pela criançada. Um dos motivos é a falta de formação específica. A maioria das faculdades de Pedagogia negligencia a EJA e não prepara os educadores para lidar com as especificidades da modalidade. Estudo encomendado por NOVA ESCOLA à Fundação Carlos Chagas no ano passado aponta que lecionar para jovens e adultos é um fato abordado somente em 1,5% das disciplinas do currículo de Pedagogia.

http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/pratica-adequada-adultos-alfabetizacao-eja-situacoes-didaticas-leitura-escrita-512029.shtml

Vídeo: O discurso do educador com os alunos do EJA

sábado, 27 de março de 2010

Educar para a Diversidade Sexual

Dentre os grandes desafios do educador está em educar para a diversidade sexual.
A sexualidade ainda é um grande tabu, e muitas pessoas não se sentem a vontade para discutir o tema. A falta de esclarecimentos acaba gerando muitas dúvidas e preconceitos. Este preconceito é direcionado principalmente contra os homossexuais , e desde a infância.
A criança que vive este drama, sofre muito. Pois, além dela não entender o que se passa com seus próprios sentimentos, é discriminada e hostilizada pelos colegas, familiares até mesmo por alguns professores.
Portanto, dentre mais uma das muitas funções do professor é educar para a diversidade sexual e combater o preconceito. Para enfrentar este desafio, é preciso estar sempre buscando novos conhecimentos.
O vídeo a seguir dá uma mostra da importância da educação para a diversidade sexual na escola.

Vídeo: Diversidade Sexual nas Escolas

domingo, 21 de março de 2010

Educação no campo

Para pensar o campo brasileiro com sua diversidade é necessário retomar historicamente os fatos e compreender como ao longo dos anos a relação com o campo foi se instituindo. Com isso é necessário perceber qual educação está sendo oferecida no meio rural e qual a concepção de educação está presente nessa oferta. De modo geral a educação sempre apresentou diversos problemas como: alta evasão escolar, baixa escolarização, alto índice de repetência, entre outros. Entretanto, esses problemas são muito mais graves no meio rural. Diante disso, tem-se lançado mão de políticas compensatórias e programas emergenciais com o objetivo de aliviar essa diferença. O modelo implantado no campo foi tão excludente que marca até hoje a ação das elites brasileiras. Buscando dados mais recentes na história do Brasil, pode-se citar o regime militar e sua política agrária, que incentivou a concentração da propriedade da terra através de incentivos financeiros, beneficiando as grandes empresas de insumos e de produtos agrícolas. Essa política teve também como objetivo principal impedir a organização dos trabalhadores(as) do campo, e, dessa forma, qualquer resistência organizada a essa política concentradora e excludente. Para essa elite do Brasil agrário, as mulheres, indígenas, negros(as) trabalhadores(as) rurais não precisavam de escolarização, afinal para desenvolver o trabalho agrícola não precisavam aprender a ler e escrever A partir de 2003, as discussões do campo são retomadas, inicia-se então uma grande mobilização para construir uma agenda específica para a educação do campo. Em 2004 o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), criou a Coordenação-Geral de Educação do Campo (CGEC), com o objetivo de elaborar políticas públicas específicas aos povos do campo. Em 2007, o Ministério da Educação por meio da Portaria Nº 1.258/07 institui a Comissão Nacional de Educação do Campo, órgão colegiado de caráter consultivo com a atribuição de assessorar o MEC para a elaboração de políticas públicas em educação do campo. Em Santa Catarina, a partir de 2004, com a realização do Iº. Seminário Estadual da Educação do Campo, em Florianópolis, foi instituído o Comitê Executivo da Educação do Campo, com a participação de representantes das esferas municipais, estaduais, federais e movimentos sociais. A iniciativa mobilizou a sociedade civil e instancias governamentais para uma reflexão considerando a importância dos movimentos sociais e sindicais do campo. Nesta perspectiva considera-se importante aglutinar mais pessoas e entidades comprometidas com a melhoria da qualidade de vida do campo, para fortalecer e garantir políticas públicas que venham atender as necessidades do campo. A partir desse processo de articulação percebe-se a materialização das discussões provocando reflexões nos espaços governamentais, garantindo parcerias com o governo federal para o atendimento de jovens e adultos que estiveram fora do ensino regular de ensino. Nesse período criou-se o Comitê Estadual de Educação do Campo, representado pela sociedade civil, movimentos sociais e órgãos governamentais. Firmando essa necessidade de aglutinar sociedade civil, movimentos sociais e órgãos governamentais, o Instituto de Educação do Campo (EDUCAMPO/UFSC), em 2008, tem como iniciativa marcar uma reunião com as entidades que faziam parte do Comitê. A partir do encontro decidiu-se coletivamente pela formação do Fórum Catarinense de Educação do Campo. Disponível em: http://www.sed.sc.gov.br/educadores/educacao-do-campo

terça-feira, 16 de março de 2010

Mulher Quilombola


Como é ser mulher numa comunidade quilombola: como elas vivem no dia a dia; qual a sua participação nas lutas travadas pela comunidade; e como enfrentam a discriminação por raça e gênero.

Zilda Furquim da Silva, Maria da Guia Lourenço Silva, Nilzete Rodrigues da Silva de Morais e Neire Alves da Silva pertencem ao Quilombo de Ivaporunduva, localizado na região do Vale do Ribeira, ao sul do estado de São Paulo.

As cerca de 70 famílias de Ivaporunduva foram as primeiras no Estado de São Paulo a se mobilizar para garantir os seus direitos territoriais, lutando pela titulação de suas terras e contra a construção das barragens no Rio Ribeira de Iguape.

Em 2003, a comunidade conseguiu que o Instituto de Terras de São Paulo titulasse parte de seu território (672,28 hectares).
Essas quatro mulheres não são exceção na comunidade onde vivem. Segundo Neire, lá as mulheres “participam de reuniões, participam de associações, dão opinião. Acho que estamos bem adiantados nessa parte de organização da mulher, pois todos os anos nós nos reunimos e vamos para Eldorado fazer as nossas reivindicações”.

“A gente tem várias organizações paralelas”, conta Maria da Guia. Além de participar da associação do quilombo, atuam fortemente na Pastoral da Criança, nos mutirões, no grupo de mulheres e como artesãs também desenvolvem o projeto de artesanato com a fibra da bananeira.

“Eu trabalho na roça, faço artesanato, faço parte do grupo de mulheres e também sou líder da Pastoral da Criança. E a gente está sempre mais junto das mulheres. Participo de reuniões porque lá as mulheres também participam de reuniões. Se tem uma assembléia, a gente acompanha e dá opinião. A gente é sócia da associação quilombola. A gente sempre acompanha as lutas. Acho que não tem muito divisão entre homens e mulheres, por que a gente participa junto” conta Nilzete.

Neire comenta da importância do artesanato para autonomia da mulher quilombola em Ivaporunduva:
“Eu também sou artesã. Tem um grupo grande de artesanato e eu acho que é uma fonte de renda para a mulher. As mulheres podem, assim, estar tirando um dinheirinho. A gente não precisa depender em tudo do marido. Se tiver uma fonte de renda que possa ajudar para gente é uma alegria, porque daí a gente não fica dependendo tanto do marido. Acho que foi uma conquista financeira muito grande essa parte de artesanato”.
“Muitas coisas a gente não tinha no quilombo. Hoje a gente tem, como telefone e várias coisas que ajudam a vida da gente. A gente tem um grupo grande que mexe com a banana. Então, a briga antes era por um caminhão. Hoje já temos um caminhão que sai fretado de banana para São Paulo” conta Nilzete.

Este é só um exemplo das conquistas trazidas pela mobilização e empenho dos moradores da comunidade de Ivaporunduva.

Para a vida das mulheres, uma grande conquista foi a divisão dos afazeres domésticos com seus maridos como expõe Neire:
“A nossa luta já vem de um certo tempo e a maioria dos homens aqui na comunidade já é bastante conscientizada. A maior parte é liderança, então viaja muito, então existe uma parceria, um trabalho igualitário. Então por exemplo: jantou, cada um lava o seu pratinho e vai deixar em ordem. Uma igualdade em tudo, não só fora, mas tem que ser igual dentro de casa também.”

Mas a luta por melhorias na vida da comunidade continua nas áreas de transporte, previdência e saúde.

“Um sonho da gente é ter uma vida melhor, por exemplo, um meio de transporte, que é difícil. Tem a balsa lá em cima, mas é meio contramão. A gente pede uma balsa para transportar mercadoria, a banana. A gente está lutando com isso”, comenta Nilzete.

Já Maria da Guia comenta uma das principais reivindicações das mulheres de Ivaporunduva: “Agora a gente está lutando na questão da previdência para adquirir a aposentadoria por idade para as mulheres e auxílio maternidade, que não está sendo fácil. Conseguimos uma parte, mas não chegamos aonde queríamos chegar”.

Outro ponto presente nas reivindicações da comunidade é a questão da saúde. Segundo Maria da Guia: “a gente sabe que está precária no país inteiro, mas para nós lá se torna mais difícil ainda. A gente tem PSF, que funciona uma vez por semana. Vai um médico e uma enfermeira que atende por duas horas em meia e isso é insuficiente. Não é uma coisa voltada para nós, quilombolas. Por exemplo, na questão de um dentista que a gente reivindica muito. Não há tratamento odontológico. A gente luta por um dentista que não extraia o dente, mas que faça um tratamento adequado. A gente luta para que consiga futuramente um médico, com um postinho, um dentista para estar tratando realmente da saúde”.

Apesar dos desafios que persistem, as mulheres de Ivaporunduva estão otimistas. Assim diz Neire: “é difícil conseguir as coisas, mas unidos, juntos, fica mais fácil. Foi pensando nisso que nós nos juntamos para conseguirmos o que queríamos e não ficamos esperando”.

“É um sonho da gente que um dia a gente consiga realizar todos os sonhos do quilombo. É uma coisa muito importante para nós” conclui Nilzete.


Fonte : http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_mulheres.html

segunda-feira, 15 de março de 2010

BULLYING

Bullying: é preciso levar a sério ao primeiro sinal
Esse tipo de violência tem sido cada vez mais noticiado e precisa de educadores atentos para evitarem consequências desastrosas.

Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, está posto mais um. O bullying escolar - termo sem tradução exata para o português – tem sido cada vez mais reportado. É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica, ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. "Ninguém sabe como agir", sentencia a promotora Soraya Escorel, que compõe a comissão organizadora do I Seminário Paraibano sobre Bullying Escolar, que reuniu educadores, profissionais da Justiça e representantes de governos nos dias 28 e 29 de março, em João Pessoa, na Paraíba. “As escolas geralmente se omitem. Os pais não sabem lidar corretamente. As vítimas e as testemunhas se calam. O grande desafio é convocar todos para trabalhar no incentivo a uma cultura de paz e respeito às diferenças individuais”, complementa.

A partir dos casos graves, o assunto começou a ganhar espaço em estudos desenvolvidos por pedagogos e psicólogos que lidam com Educação. Para Lélio Braga Calhau, promotor de Justiça de Minas Gerais, a imprensa também ajudou a dar visibilidade à importância de se combater o bullying e, por consequência, a criminalidade. "Não se tratam aqui de pequenas brincadeiras próprias da infância, mas de casos de violência, em muitos casos de forma velada. Essas agressões morais ou até físicas podem causar danos psicológicos para a criança e o adolescente facilitando posteriormente a entrada dos mesmos no mundo do crime”, avalia o especialista no assunto. Ele concorda que o bullying estimula a delinquência e induz a outras formas de violência explícita.
Matéria completa no site da Nova escola. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-preciso-levar-serio-431385.shtml?page=4

Dia da Consciência Negra

Dia da Consciência Negra: Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
Importância da Data
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_consciencia_negra.htm

segunda-feira, 8 de março de 2010

EDUCAÇÃO E CULTURA INDÍGENAS
Por: Livoneide Santos Calvo
Para nós leigos e “brancos”, fica difícil entender a situação dos índios, pois os conhecemos pouco e vivemos distante de sua realidade. O que sabemos foi o que aprendemos pelos livros de história e as notícias que assistimos pela televisão.
No entanto, sabendo que quando os portugueses e espanhóis chegaram nas Américas, já encontraram os índios vivendo nestas terras, acredito que por direito eles seriam os donos delas. Porém, o que aconteceu foi muito diferente, eles foram escravizados e exterminados de forma desumana e violenta.
O que parece é que os colonizadores não viam os índios como humanos, mas sim como animais ou objetos, que podiam ser usados segundo suas vontades e ambições. Portanto, o “malencontro” citado pelo autor causou nos povos indígenas males irreparáveis, chegando à beira de seu extermínio, e até hoje se tentam exterminar sua cultura.
Em um primeiro momento quando se fala de educação indígena e educação para índios, parece se referir ao mesmo tema. Até pouco tempo, minha concepção era de que o ideal seria que os índios recebessem a educação dos brancos, já que a civilização estava cada vez mais presente em suas vidas. Agora compreendo a importância de ter uma Educação Indígena, voltada especificamente para os índios, não para tentar civilizá-los, mas para torná-los autônomos dentro da sua cultura e de seus costumes.
Para os milhões de brasileiros que vivem em estado de miséria, ver os índios com suas terras, ter a condição de serem inimputáveis para alguns tipos de crimes, ter um órgão próprio para defender seus interesses, dentre outras diferenças de tratamento concedidos a eles, parece ser uma situação bastante confortável.
No entanto, ao analisarmos a trajetória dos povos indígenas desde o descobrimento do Brasil até os dias atuais, veremos que nem mesmo as leis garantiram seus direitos e que a nação brasileira não os assumiu efetivamente como cidadãos brasileiros, considerando-os até incapazes, sendo que sua maioridade só pode ser alcançada a partir do momento que estiverem civilizados.
Mas o que é estar civilizado? Vai depender do que se considera civilizado. Se preservar a natureza é ser civilizado, então os índios já são.
É muito importante sabermos que o índio precisa de uma educação própria, voltada para sua cultura e sua língua. Provê-los de meios para poder viver dentro da sua cultura e quando necessário na cultura do “homem branco”. Porém sabemos também que a situação da educação brasileira está muito aquém do ideal, por isso índios e brancos vão continuar lutando para ver seus direitos respeitados e ter uma educação de qualidade.

Referências Bibliográficas:
DOMINGUES, Sérgio Augusto.Sujeitos e Saberes da Educação Indígena.

Educação Indígena. Disponível em http://portal.mec.gov.br/: Acesso em :13 dez. 2009.


SARTORO, Edimar Roberto de Lima. Formação de professores indígenas.
Disponível em: http:www.meuartigo.com/educacao/formacao-professores-indigenas.htm
Acesso em: 14 dez. 2009.